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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Encotro - "A fotografia não mente, mas mentirosos fotografam"


Por Francisco Valdean

O tema de hoje do 7 Pixels foi sobre a frase do fotógrafo Lewis Hine: "a fotografia não mente, mas mentirosos fotografam".

O exercício era, cada um dos participante escolhiam até 3 imagens que abordasse o tema retratado na frese de Lewis Hine.

Contribui com três imagens, mas mostrarei aqui apenas uma. Esta  imagem é foi divulgada em diversos jornais do mundo todo no dia 10/70/2008. Se trata do teste de mísseis iranianos.


Seguência de imagens do lacamento de mísseis iranianos em 2008.

 No dia seguinte os mesmos jornais que publicaram a imagem suspeitaram de alterações na fotografia divulgada.


 A imagem verdadeira segundo os jornais seria essa com um míssil que falhou e não a imagem acima que foi inicialmente divulgada.
 

Segundo especialistas, as partes marcadas foram onde a fotografia foi alterada.


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O próximo encontro do grupo 7 Pixels será no dia 28 de abril. No dia 28 trocaremos experiências sobre o tema religiosidade.

O espaço é aberto, o participante leva seu material e compartilha seus conhecimentos de imagens com os demais participantes do grupo.

Confira o Calendário das nossas atividades

segunda-feira, 29 de março de 2010

Domingo de Ramos na Maré

Hoje para abrir a semana santa fieis da Paróquia São Jose dos Operários, saíram pelas ruas da Vila dos Pinheiros.

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Encontro do 28 de abril de 2010


Atividade Horário Local

No dia 28 nosso tema é religiosidade, neste dia trocaremos experiências fotográficas a cerca da religiosidade. 15 às 17 horas

Observatório de Favelas

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Veja toda a nossa programação
 no final da página.

quinta-feira, 25 de março de 2010


Trabalhadores da contrução civil no centro do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 24 de março de 2010

"Inclusão visual”, a inclusão social através da fotografia" (Milton Guran)

No futuro, o verdadeiro analfabeto será aquele que não souber ler uma imagem, anunciava há oito décadas Lazlo Moholy-Nagy, genial fotógrafo e teórico húngaro, professor da Bauhaus, escola alemã que se tornou a maior referência do design e da arte moderna na primeira metade do século XX. E o futuro chegou, vivemos agora em plena cultura da imagem plena: governantes s preocupam mais com a sua “imagem” do que com os programas de governo, a “imagem” de algumas empresas chegam a valer mais do que os produtos que elas fabricam, e o velho e bom índice alfabético foi complementado e até substituído pelo “ícone” a ser clicado na superfície da tela do monitor, onde a lógica do raciocínio se combina com a magia da imagem. A força da fotografia, como sabemos, é o mais universal instrumento de representação visual da vida e do mundo em si, vai muito além da informação jornalística, da publicidade, ou da propaganda. A começar pelo universo afetivo e familiar do álbum de família. Esse potencial da fotografia como formadora de opinião a nível planetário foi evidenciada de modo exemplar no recente episódio das imagens da tortura de cidadãos iraquianos pelo exército norte-americano. A simples publicação das imagens levou a uma tomada de consciência – com o conseqüente posicionamento político – da opinião pública em escala mundial. É interessante notar que essas imagens são tão impactantes pelo seu conteúdo literal, como pelo simples fato de existirem. Feitas com equipamento amador, sem sofisticação alguma de linguagem, em si elas são extremamente simples e diretas, até ingênuas em termos fotográficos. Outro dado importante é que, apesar do absurdo dos atos mostrados e das implicações políticas, não prosperaram as tentativas da Casa Branca de contestar a sua autenticidade. Nem sequer se levou em consideração se se tratava de fotografia analógica ou de imagem digital tratada no photoshop. O fato de estarem no mesmo registro visual dos álbuns de família certamente contribuiu para a sua credibilidade junto ao grande público, já que “falavam uma língua” que todos podiam entender. Retomando o fio do nosso raciocínio (penso no tema da coluna precedente, globalização e fotografia), a imagem técnica – fotografia, cinema e vídeo e imagem digital – tem sido o instrumento imprescindível para implantação da comunicação de massa, essa circulação ininterrupta de informações de todo tipo que se constitui no cerne da globalização, tal qual a vivemos hoje. A fotografia, em especial, aparece como um instrumento multiplicador da representação de si, tanto no plano pessoal como social, com profundas raízes no imaginário ocidental. Além disso, a fotografia é hoje um atestado de cidadania, já que para usufruir da cidadania todos têm de ter um retrato. Este é um dos aspectos do atual momento da globalização que eu gostaria de comentar mais detidamente, de modo que voltaremos a ele mais adiante. A natureza polissêmica da imagem fotográfica, que aceita diversas variáveis de interpretação do conteúdo principal segundo a vivência de quem a lê, acentua o seu caráter universal. Todos a vêem como expressão da verdade (“isso realmente aconteceu”, versão mediática do “ça a été”, expressão celebrizada por Roland Barthes no clássico Câmera Clara – Notas sobre a fotografia) e como suporte ao qual podem agregar as suas respectivas vivências. A velocidade e abrangência das comunicações atuais potencializaram enormemente essas características da imagem fotográfica. É verdade que com a internet há uma certa democratização da informação fotográfica, mas há, porém, um outro lado da questão que é extremamente perigoso, que é a prevalência esmagadora de quem controla o processo. Isso tanto a nível global – do país hegemônico sobre os demais países centrais, e destes em relação aos periféricos – como dentro das sociedades nacionais – das classes dominantes sobre o povo em geral. No processo atual, ao mesmo tempo em que aumenta o poder de articulação de quem maneja esses novos instrumentos tecnológicos, diminui os recursos de resistência cultural daqueles que já se encontram excluídos da maioria dos benefícios desta ordem global, em escala planetária, e das sociedades nacionais, no âmbito de cada país. Um aspecto que eu gostaria de enfocar aqui mais detidamente é o que diz respeito à formação ideológica destes segmentos sociais. Na representação mediática, quem detém os meios e produção da imagem representa o mundo a sua maneira. Isso quer dizer que constrói a imagem de si que melhor lhe convém, e representa o outro a partir das idéias pré-concebidas do que este outro deve ser, para que mundo funcione de acordo com os seus interesses. Sendo a fotografia uma representação do mundo visível, um rastro de vida, é a própria vida por trás da foto que faz o valor a imagem. Uma sociedade ou um grupo social quando abre mão de produzir a sua própria imagem está renunciando a si mesmo, e, assim, começa a deixar de existir enquanto sociedade ou grupo social distinto. Seu atestado de cidadania – o retrato na carteira de identidade – em vez de se ampliar na auto-representação social, vai se diluindo e desaparecendo. Em novembro de 2000, o pensador espanhol radicado na Colômbia Jesus Martin-Barbero afirmou, em conferência no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro que “assistimos a uma profunda reconfiguração das culturas tradicionais que responde não só à evolução dos dispositivos de dominação como também à intensificação da comunicação e interação com as culturas de cada país e do mundo. Dentro das comunidades, esses processos de comunicação são percebidos às vezes como ameaça à sobrevivência de suas culturas, ao mesmo tempo a comunicação é vivida como uma possibilidade de romper a exclusão, como experiência de interação que, se comporta riscos, abre novas figuras de futuro.” (Jornal do Brasil, 4/11/2000) No Rio de Janeiro, como em todas as grandes cidades do mundo, uma parte importante da população é sistematicamente excluída da produção da própria imagem, sendo sempre e sistematicamente apresentada ao conjunto da sociedade sob o impacto da tragédia – catástrofes, guerra de quadrilhas e confrontos com a polícia – o que só faz aumentar o preconceito com essa parte da população é vista pelo conjunto da sociedade, e a diminuir sua auto-estima. Além do mais, sendo excluídas da produção da imagem, e se constituindo assim em virtuais analfabetos visuais, esses setores da população não têm a menor condição de se preparar para utilizar corretamente os equipamentos urbanos modernos e demais instrumentos de trabalho, o que acentua ainda mais a sua situação de exclusão. No momento em que as classes sócio-econômicas mais favorecidas já começam a abandonar a fotografia analógica em favor da imagem digital, a “inclusão visual” dos menos favorecidos no universo de produção da imagem – pelo menos da sua própria imagem – é mais do que urgente, ainda que essa prática fotográfica se faça com câmaras sem lentes (pinhole) ou aparelhos rudimentares baratos e descartáveis. Isso significa estender a todos o direito a sua própria imagem, que aliás veio com a invenção da própria fotografia, que permitiu àqueles que não tinham rosto na representação da vida social pela pintura, até meados do século XIX, de se transformarem em sujeitos da representação da sua própria história. Atualmente, dezenas de projetos de inclusão social estão em curso no Rio de Janeiro, baseados na utilização da fotografia – que nós chamamos de projetos de “inclusão visual” – estão sendo atualmente realizados em favelas, comunidades desfavorecidas, associações de moradores e escolas públicas de bairros populares. São projetos que visam a valorizar a auto-estima destas comunidades, a formar profissionalmente os jovens, dar-lhes instrumentos para viverem a sua cidadania e valorizar sua próprias relações sociais, dando-lhes uma visibilidade social baseada no que essas comunidades possuem de melhor, livrando-os, desta forma, da condição de habitantes de verdadeiros guetos. Estes projetos fazem parte de um movimento mais amplo de democratização da cultura cotidiana e da cultura política propiciada, sobretudo, pelo advento dos meios eletrônicos e pelo surgimento de organizações não-tradicionais, que – cito Nestor Garcia-Canclini (Culturas Híbridas, Edusp, p. 352) – “intervêm nas contradições geradas pela modernização, em que antigos agentes são menos eficazes ou carecem de credibilidade”. A fotografia produzida nestes projetos surpreende tanto pela sua forma quanto pelo seu conteúdo. Esta fotografia pode, ao mesmo tempo, por falta de instrução formal, ou por simples transgressão de qualquer norma por parte de seus produtores, passar ao largo dos cânones estéticos da cultura ocidental – a qual, apesar de tudo, representa o contexto cultural no qual se encontram - mas igualmente representar esses mesmos cânones, associando uma utilização intuitiva clássica a novas escolhas de conteúdo, ou simplesmente se apropriando de atitudes, procedimentos e características das classes mais favorecidas para dar visibilidade às suas próprias relações pessoais e sociais que não são jamais apresentadas. Através dessas fotos, a outra metade da sociedade – para usarmos a consagrada expressão de fotógrafo dinamarquês Jacob Riis no seu clássico livro sobre a população mais pobre de Nova York do final do século XIX, “How the other half lives” – tem a possibilidade de construir e dar a conhecer a sua própria estética: o olhar dirigido a si próprio que escapa do gueto social ao qual foi confinado, e se opõe ao olhar exterior que tem marcado a documentação social desde as suas origens. Recentemente, o ministro da cultura Gilberto Gil se emocionou até as lágrimas ao lançar um programa de inclusão social que, entre outras medidas extremamente positivas, estende o acesso à internet a quase todos os municípios brasileiros. Com toda certeza este programa, tão necessário ao futuro do país, só se realizará a contento se for acompanhado de um amplo projeto de alfabetização visual intensivo. Sem a “inclusão visual” dos seus usuários, na hora de utilizar o computador não se dará a combinação da lógica do raciocínio com a magia da imagem, e ficarão todos diante da tela do monitor como burros olhando para um castelo. Setembro, 2004 *Milton Guran é fotógrafo e antropólogo, professor da Universidade Candido Mendes (Rio de Janeiro), pós-doutorando do LISA-Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP – Universidade de São Paulo, coordenador-geral do FotoRio – Encontro Internacional de Fotógrafos do Rio de Janeiro.

Fonte: Portal Photos

Data: 27/09/2004

http://photos.uol.com.br/materia.asp?id_materia=2307

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ontem familiares e amigos da menina Gisela fizeram manifestação em freta a Escola Bahia, escola em que a menina estudava. Gisela foi vista pela última vez no dia 25 em um posto de gasolina próximo a escola.


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Outros casos semelhantes ao de Gisela 
Se você tem informação sobre uma dessas crianças entre em contato com o site abaixo 

www.fia.rj.gov.br


quarta-feira, 10 de março de 2010

Calendário das nossas atividades




7 Pixels

O que somos? 
Um grupo de estudos de imagens.

O que faremos?
Pensar, Produzir e Curtir a arte fotográfica.

Quando e onde nos encontraremos?
As quartas feiras de 15 em 15 dias em lugares variados.

Como participar?
É só chegar e experimentar a arte fotográfica.



Primeira atividade

10 de março de 2010
Atividade
horário
Local

No dia 10 realizamos a nossa primeira atividade. Neste primeiro encontro tiramos todas as datas às atividades do grupo, o nome do grupo e quais seriam os nossos pontos de partidas.

O nome foi por conta da participação inicial de 7 pessoas interessadas em estudar fotografia.

15 às 17 horas

Observatório de Favelas






Calendário das próximas atividades do grupo 7 PIXELS

24 de março de 2010
Atividade
horário
Local

Atividade exibição do filme Meninos de Pijama. Um curta do Relevando os Brasis e um vídeo da obra de William  Kentridge, artista africano. Em seguida roda de conversa.

15 às 17 horas

Observatório de Favelas

7 de abril de 2010

Atividade
Horário
Local

A atividade do dia 7 é em alusão a frase do fotógrafo Lewis Hine: "a fotografia não mente, mas mentirosos fotografam".

Neste dia todos os participantes do grupo trarão 3 imagens que possam levantar questões sobre a ideia impressa por Lewis Hine ao dizer a frase.

15 às 17 horas

Cafofo

28 de abril de 2010

Atividade
Horário
Local

No dia 28 nosso tema é religiosidade, neste dia trocaremos experiências fotográficas a cerca da religiosidade.

15 às 17 horas

Observatório de Favelas

12 de maio 2010

Atividade
Horário
Local

Como dia 1 é o grande dia do trabalho, no dia 12 traremos para a roda o tema trabalho. A atividade do dia 12 também é uma troca de experiências, iremos produzir imagens no intervalo do dia 28 ao dia 12.

15 às 17 horas

Casa do Valdean

26 de maio 2010

Atividade
Horário
Local

No dia 26 de maio o tema que norteara a nossa troca de experiências será a maternidade.

15 às 17 horas

Observatório de Favelas

9 de junho 2010

Atividade
Horário
Local

No dia 9 de junho abordaremos o tema pré-copa, iremos produzir e trocar experiências imagéticas a cerca desse assunto que com certeza estará mobilizando o país.

15 às 17 horas

Observatório de Favelas

23 de junho de 2010

Atividade
Horário
Local

Para fechar esta experiência desse primeiro bloco do grupo 7 PIXEL iremos realizar uma atividade na rua, local sugerido é uma pizzaria no morro do Timbau. Atividade em construção.